Em um suposto dia normal
Surge um telefonema cheio de palavras vazias
Que em harmonia faziam sentido.
Fotos, lembranças.
Lembranças que revelara as mentiras,
De um passado feito de ilusões.
De que adianta momentos bons
Sendo que não passara de verdades fingidas?
E agora me resta a raiva, a mágoa.
Ou a saudade?
Talvez ou três.
Tenho direito de sentir saudade
Por que fingiste que mudaste,
Enganando o meu coração?
Coração:
Palavra esta que agora só me lembra um órgão vital,
Visto que roubaste meus sentimentos.
E por que me pedes perdão?
Já experimentastes desamassar um papel?
E montar cacos quebrados de vidro?
Eles nunca voltarão ao normal...
Assim é o estado em que abandonastes o meu coração.
Mas não importa.
Aliás, é mais fácil colocar a culpa em mim, não é mesmo?
Pobres garotos imaturos,
Tamanho de gente grande e mentes atrofiadas.
Por que confundistes paixão com amor?
Ora, duas coisas tão distintas
O amor não machuca
Quem machuca são as pessoas
Que não sabem amar.
Já a paixão,
Bem... Caminha ao lado da ilusão.
E não tento enganar meu coração.
Sei que ainda te amo
Mas também me amo,
Me cuido, me valorizo, tenho orgulho.
Prefiro acreditar que o tempo é o melhor dos remédios,
Até mesmo para as piores das dores, como a dor do coração.

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